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Mostrando postagens de 2014

E faltava Brasília no meu álbum

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Certa vez, no Armazém do Lenilson, palco das noitadas de sexta-feira, me cobraram asperamente a minha opção de não ir a Brasília, o que aliás tinha uma justificativa errônea, eu acreditava ser uma cidade feia, sem brilho próprio e muito politizada. - E aí, Dutra, você conhece 18 capitais do mundo nunca prestigiou a nossa capital? É verdade que você nunca foi a Brasília? Acho isto um desrespeito imenso com nosso país, me cobrava Rodrigo Caldas, amigo de fé e sempre presente a nossa mesa. Surgiu a chance de ir até ao Distrito Federal, casamento de Holden, filho do amigo/irmão José Luiz da Silva, o Categoria, e lá fomos nós, eu e Marina, como sempre, passar uns dias no Planalto Central e conhecer a Catedral de Brasília, a Praça dos Três Poderes, o Lago Paranoá e outras belezas artificiais da capital da nossa república. Na agradável companhia dos irmãos Silva, José Luiz e Luiz Antônio, este com sua Márcia e o filho Victor, tivemos uns cinco dias de puro turismo com direito a aluguel

Fechando o "Caminho Real"

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Para completar o ciclo "Caminho Real" faltava dar uma chegada até São João del Rey, onde nasceu Tiradentes e Tancredo Neves. Na última reunião geral, no Armazém do Lenílson, surgiu o papo de reunir a confraria por lá e aproveitar o feriado prolongado oferecido pelo calendário. E lá fomos nós, o grupo 'maldito" da calçada da Formosa, sem o Edu, que encontrou uma desculpa no último minuto do segundo tempo, fazer a tão esperada por todos nós. Pegamos a estrada pela manhã, guiados pelo genro Adalberto, sem o Zé Mário, que ficou para seguir no dia seguinte, e por lá chegamos por volta das cinco da tarde. Igrejas, monumentos, museus, praças, bares e... feirinhas, as esposas seguiram conosco neste fecho do "Caminho Real", e a degustação de pingas, comidas típicas, doces mineiros e até, pasmem, procissão o grupo compareceu.  Valeu a pena. As igrejas de São João del Rey estão conservadas e assim o turista não se espanta e, tem um detalhe muito especial,

Andando por aí

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Domingo, na beira da piscina, o calor estava infernal, me perguntaram: - Adilson, qual o prazer de viajar? Não perdi nem um segundo pensando e abri o celular para mostrar algumas fotos, que registram o prazer nosso de cada viagem, fui apontando uma a uma para o interlocutor, ávido por ouvir minhas histórias e causos ou não, mas o interessante é que abriu brecha para uma prosa das boas. Contei que se ficasse em casa, guardando o dinheirinho para uma eventual emergência, típico da velhice que está chegando, ganharia uma boa depressão e uma dor de cabeça muito grande quando tivesse que dividir a pequena soma com os filhos e netos. Disse, já entrando no teor da pergunta, que nada paga um bacalhau, regado a um bom vinho, às margens do Rio Tejo, em Lisboa, como primeiro exemplo. Dei a primeira resposta e fiquei esperando a complementação, assim como os bons narradores devem fazer, falar, ouvir, explicar e receber o feedback, porém, tem sempre um porém, não ouvi o retorno, o que, no meu

Andando por aí

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Viu só, não só eu fiquei deslumbrado, a convidada do Leandro me dá razão, comigo aconteceu a mesma coisa, aquela Piazza Fontana, no centro histórico de Roma, é realmente um monumento ao amor e aos sonhos, jogar uma moeda, com as costas viradas para a fonte, como no filme, é uma cena repetida por cem entre cem turistas que por lá comparecem diariamente. Alguém falou em Paris? Ah! Paris, cidade iluminada pela inteligência e berço de grandes artistas, visitar a capital dos franceses está no roteiro de viagem de todos nós, até mesmo aquele que imagina sem condições de voar e pousar no Charles De Gaule ou conhecer o famoso Aeroporto de Orly, cantado em verso e prosa por Vinícius de Moraes. Ver a Mona Lisa, de Da Vince, no Louvre, sentar à mesa de bistrô, nas calçadas de Paris, “ler” o Le Monde e sorver uma xícara de café, mesmo pagando 25 Euros por isto, faz nosso ego crescer e acreditar que tudo é possível. Certa vez, já contei diversas vezes, ouvi alguns miracemenses bem abastados

Andando por aí

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E ninguém falava nada, só olhavam prá mim a espera de mais histórias e causos, e aí perguntei:  - Ninguém quer contar nada? Alguém quer fazer perguntas?  E lá veio a primeira: Olhando suas fotos no Facebook vi que você foi a Monte Carlo, na Franca, você jogou no Cassino? - Infelizmente não, chovia muito e preferi conhecer a pista de Fórmula 1, onde Ayrton Senna brilhou intensamente e olhar, lá do alto, o paraíso dos milionários europeus, mas em Nice... não... Não joguei no Cassino em Nice, mas por lá eu sentei à beira da praia, desfilei na orla dos milionários e vi, com olhos brilhando de felicidade, os iates dos visitantes mais ilustres da cidade mais famosa da Cotè d’Azur. Sem que ninguém me perguntasse, já que estava falando em lugares deslumbrantes, me veio a cabeça a apaixonante e estonteante Veneza e, quando comecei a falar, ouvi as cadeiras sendo arrastadas para mais perto, o celular tem tela pequena e todos, sem exceção, queriam ver as fotos na gôndola, o beijo, me

Andando por aí

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E aí vem a pergunta do Serafim: - É melhor viajar ou contar as viagens? Nada se iguala a viajar, ver as maravilhas do mundo, mas nada  teria graça se não pudéssemos contar o que vimos, o que passamos e o que vivenciamos nestes momentos, sem narrativas pós viagem o roteiro seria vazio e sem complemento, bom mesmo é contar os causos e reviver o que se passou nos dez, quinze ou vinte dias da programação. Por exemplo: O que seria se não pudesse falar que a Marina, no Bairro do Chiado, em Lisboa, ao lado da estátua do poeta Fernando Pessoa, declamou uma poesia do artista luso ou se ninguém ficasse sabendo que eu, no Coliseu, em Roma, não consegui pronunciar uma só palavra porque o choro  foi compulsivo?  São fatos que não esquecemos jamais e nem mesmo as fotografias poderão narrar o que realmente foi vivido, como a primeira visita ao Estádio Santiago Bernabeu, em Madrid, quando me sentei no banco de reservas dos Merengues e adentrei ao vestiário onde Zidane, Ronaldo, Figo e hoje o ast

Andando por aí

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E as perguntas começaram a aumentar e alguém perguntou se o Brasil tem lugar nos roteiros traçados por mim. Claro, conheço 90% dos grandes pontos turísticos do nosso país e pretendo concluir o que falta em breve tempo, mas enquanto o Euro deixou eu entrei de cabeça nas viagens internacionais e pude andar pelos grandes rios do mundo, a começar pelo nosso vizinho, Rio La Plata, atravessado em companhia das irmãs e com a oportunidade de ver o outro lado da Argentina. Impossível não contar aqui a maravilha que é ver o Rio Mapocho, que corta Santiago do Chile, congelado em alguns trechos,  e suas águas sob a cidade, claras e saudáveis. Um passeio pelo Amazonas é bonito, mas passear pelo Bateaux Mouche, no Rio Sena, em Paris,  é indescritível e o que falar de um cruzeiro pelo Rio Reno, entre Colônia e Frankfurt, na Alemanha?  Seria melhor do que passear pelo Rio Amstel, que faz a cidade de Amsterdam? Não creio, mas olhar o Tâmisa, em Londres, lá do alto da roda gigante, o Rio Arno, sobre

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Vi de perto como é belo o Mar Mediterrâneo, senti nos pés o quanto é gelada a água do Oceano Pacífico, em Viña Del Mar, no Chkle,  senti na alma como é tenebroso o Mar do Norte e como é gostoso observar o Rio Tejo, que nasce como Tajo, na cidade de Toledo, na Espanha, onde vimos as belas cordilheiras de pedras que lhe dão passagem até chegar a Portugal, onde deságua já com o nome de Tejo. Os filmes baseados na Segunda Grande Guerra Mundial sempre habitaram minha mente, acho que todos nós já choramos em um destes em casa ou em uma sala de cinema, mas ver de perto o horror que foi Aushiwitz, na Polônia, olhar os bairros judeus, em Varsóvia, sentir o povo de Cracóvia contar os terrores promovidos por Hitler é ao mesmo tempo tenebroso e histórico. Sentir no rosto o frio da Áustria, a chuva fina e a neve caindo sobre você, em Praga, ver as magníficas construções de Budapeste também não tem preço, fotos não representam nada e sim lembranças, como as dos filmes da série Sissi, a Imperatri

Andando por aí

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- Já que estamos aqui, tomando uma cerveja ao lado dos amigos, como é que é a cerveja dos europeus? Quer saber o João Gabriel. São praticamente as mesmas que nos chegam hoje em dia aqui no Brasil, porém, tem sempre um porém, com um teor alcoólico maior e as belgas estão em primeiro lugar, a Leffe me fez perder o rumo, em Bruxelas, as alemãs são saborosas e com malte exalando nas espumas, as inglesas são fortes, mas o melhor, os locais próprios para saborea-las dão um quê especial na degustação, vamos experimentar?  As andanças por aí rendem causos e histórias interessantes, a gente se emociona ao rever amigos, como o encontro com o professor Nestor Cristóvão, nas ruas que levam a Basílica de Sacre Coer, em Paris, o surpreso deboche de um brasileiro, em Santiago do Chile, que me reconheceu nas ruas e fez zoação sobre meu período de rádio, o debate, em portunhol ou em brasitaliano (existe isto?) sobre futebol e seleção do Brasil. E os problemas, são muitos? Quer saber Serafim. Feli