Sem viagens o jeito é improvisar

Com Patrícia, da Cs Turismo, na Serra Capixaba
Estou há um ano e quatro meses em casa, quieto e cumprindo a risca as recomendações da OMS, a oito meses não entro em um ônibus, a última vez foi no passeio a Venda Nova do Imigrante, organizado pela Cs Turismo, da nossa guia  Patrícia, conosco na foto ao lado, justamente em um momento que eu iniciava uma rotina diferente, um tratamento de um câncer que me tomaria pelo menos dois meses de intensa dedicação e cuidados especiais. 

Passado o susto, o nódulo da próstata foi combatido e o tratamento passou a ser mensal, apenas uma vacina de hormônio a cada 28 dias, e nós, eu e Marina, fomos surpreendidos pela chegada do vírus chinês, batizado por Covid-19, que nos prendeu em casa desde o dia 13 de março de 2020 e, com toda certeza, não há data prevista para o fim desta pandemia, que no nosso entender se alongará até o meio do ano que vem ou muito mais.

E o que fazer neste período de isolamento? Nos primeiros dias, em que fomos obrigados até a nos separar, cada um em seu quarto e nada de nos misturarmos na poltrona ou na cama, presos por um ideal, que é o de não nos deixar infectar e certos de que os conselhos das autoridades médicas e sanitárias deveriam ser cumprido a risca. E então fizemos cada um a opção desejada. Marina ficou "viciada" em Netflix e Prime Vídeos e eu mergulhei profundamente nos sites de viagens e a escrever, cada vez mais, mihas histórias e meus causos. 

Descobri dezenas de ótimos sites de viagens, escrevi várias páginas, ilustradas por fotografias tiradas por mim durante estes vinte anos de estrada e céus pelo mundo, "viajei" novamente pelos destinos mais procurados do planeta terra e me vi, novamente, envolvido com a adrenalina de uma viagem internacional. O medo do avião, o pânico com uma turbulência nas alturas, a apreensão ao passar pelos corredores da imigração nos países visitados, sempre podemos ter uma surpresa desagradável, mas felizmente conosco ficou apenas na apreensão. 

Tem sido difícil para todos nós, mas a música, a arte do cinema e as fotografias guardadas em álbuns do Google me fazem viver intensamente estes quase três meses isolado do mundo e de todos, inclusive de minha neta, Lara, nascida em 15 de abril que só a vejo através das imagens do meu celular. Sim, quando passar tudo isto a primeira viagem será para Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, para conhecer a pequenina Lara que embala nossas noites de quietude aqui em nosso cantinho na Gonçalves Dias. 

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